domingo, março 30, 2008

Mar adentro










"Y te vas para alla como en sueños,
perdida Alfonsina,
vestida de mar "

(Alfonsina y el mar)









Pela imensidão de tons azuis me deixei levar
Caminhei lentamente nas águas, sem presa
Recebi com alegria o vento frio que me cortava a pele,
enquanto a água salgada e gelada do mar dava as boas vindas a meus pés.
Tentei não pensar em nada apenas me perder no mar noturno de águas geladas, enquanto sentia meu vestido deixar de ser pano e se transformar em espumas marítimas,
meu cabelo se transformar em uma mata de algas negras
meus pés, não eram mais pés mas sim nadadeiras,
e eu me transformei toda em criatura do mar
os caracóis me davam as boas vindas
conversei com os peixes, adormeci nos corais.
E assim na imensidão de tons azuis me perdi
Era de noite e a lua acariciava o mar com mãos geladas,
as criaturas do mar dançavam comigo
e quando veio o sol para despertar o mar eu já era peixe e no mar me perdi...

2 comentários:

sblogonoff café disse...

Olá, garota.
Esse seu post me fez lembrar de minha mãe, que agora está lá entre as montanhas de Minas, mas que falava dos mistérios do mar, falava de Alfonsina, a poeta que virou mar depois de descobrir que estava doente. Minha mãe cantava esta (linda música) e outra que a Mercedes Sosa cantava também, Volver a los 17.

Ai, ai, me deu saudades de mainha e ao mesmo tempo prazer em estar agora perto do mar e ter muitos motivos para querer viver.
Assim como o personagem de Javier Bardem, no filme Mar adentro, que redescobriu motivos para continuar.
Enfim...

Amora disse...

Lindo!
E digo mais...presente lindo que, sem querer, marcou de um jeito esse tempo bom...