terça-feira, janeiro 29, 2008

non sense

Lendo minha postagem anterior notei que ficou terrível, a redação esta péssima, mas mesmo assim resolvi não tira-la , é uma prova de que nem sempre as pessoas tem que procurar ser tão irritantemente perfeitas , eu não escrevo bem , então o Cash fica, e que seja, foi muito sincero e diz muito de mim... é nada a ver, sem nexo, desorganizado, é uma espécie de metonímia de mim...Gostei disso

Cash



It´s all for real kid... È , é o que dizem´, é tudo verdade, mas nem sempre a verdade é verdadeira, menos ainda quando fica famosa e vira estrela de Hollywood.
Esta certo, dois filhos de Francisco, não foi para o Oscar, mas também o pai do Zezé não parece com o Angelo Antonio e nem o Zezé foi tão certinho assim na vida, mas o filme, como filme é bom.
Outro filme do cinema biografia , dessa vez mais famoso e mais caro é Jonny e June , ou no original , que alias , tem mais a ver com o filme , Walk the line.
Gostei desse titulo, é com certeza mais criativo que Dois Filhos de Francisco, que , justiça seja feita , poderia ser pior e se chamado " A vida do Zezé".
Mas o assunto principal que me motivou a escrever esse texto não é a questão da parcialidade de tudo, nem da falte de propriedade para a adaptação de títulos, nem muito menos o uso de drogas, é simplesmente o cinema.
Não sei se já disse isso, se o fiz peço desculpas por me repetir, mas ao ver esse filme (Johnny e June) me veio novamente a desesperança, a ideia potencialmente aterradora de que talvez eu tenha nascido para ser uma amante do cinema, não a esposa... se bem que a amante é a que se diverte , mas enfim, o que quero dizer é que deixei de acreditar que um dia eu poderia fazer um filme.
O cinema tem alguma coisa que cativa, enfeitiça, faz com que a pessoa queira se perder em seu mundo fazer parte de seu encanto , é como se por uma temporada você fosse capaz de projetar sonhos, fazer com que eles ganhem corpo mesmo que por um grande faz de conta... e ai não importam os críticos, nem os prémios, nem as limitações de orçamente, nem o espectador que vai falar mal de seu filme em um bar... só importa a historia e a magia de trazé-la à vida, materializar meros pensamentos.
Volto a citar o cinema biografia , lembrando dos dois exemplos que usei, para mim é como ter a possibilidade de voltar no tempo, pegar o passado e molda-lo transforma-lo em historia cativante sem no entanto perder sua veracidade. Esta claro que me inclino mais para o oficio de roteirista, e talves seja assim, mas o importante é fazer parte da equipe...
Mais um vez parece que me perdi no texto, o objetivo se perdeu, o assunto tomou outros rumos , e assim como acontecia com Johnny Cash, é muito dificil andar na linha, e quando se escreve os pensamentos são como uma enchente... assim como na vida, nunca sabemos onde vai nos levar , ou melhor onde vamos nos levar , é impossivel andar na linha, e o cinema , esse então... o que dizer , é uma mascara , a grande tela onde se projeta o mundo éle imita a vida e a vida o imita .... não peçam a ele que ande na linha....

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Coisinhas minimas


Encontrei isso em minhas navegações noturnas pelo Google. Gostei dos desenhos, e deve ter quem goste do que representam, a ideia geral não deixa de ser assustadora: A vida precisa mesmo de um manual de instruções" ... OH BOY...


E tinha mais :

Complaining is silly. Either act or forget.
Thinking life will be better in the future is stupid. I have to live now.
Being not truthful works against me.
Helping other people helps me.
Organizing a charity group is surprisingly easy.
Everything I do always comes back to me.
Drugs feel great in the beginning and become a drag later on.
Over time I get used to everything and start taking if for granted.
Money does not make me happy.
Traveling alone is helpful for a new perspective on life.
Assuming is stifling.
Keeping a diary supports my personal development.
Trying to look good limits my life.
Worrying solves nothing.
Material luxuries are best enjoyed in small doses.
Having guts always works out for me.

To Live and let die


Já pensou, por mais deprimente que possa parecer, como é frágil, ténue , o "véu" que separa a vida da morte?

Percebi isso de uma forma, digamos ..pouco profunda, foi com a morte do Heath Ledger, sim, foi assim, com a morte de uma figura da tão criticada industria cultural, com o coca-cola que aplaca a sede das massas. Mas teve o impacto dos fatos inesperados, fora o fato de que , como dizia meu amigo Edgar Morrin, não esperamos que os Olimpianos morram, são deuses, portanto imortais, então, realidade: não é que ele era mortal ?!, Sim e também não era gay, nem era um cavaleiro medieval, nem um drogado (dissem que talves fosse, mas não vem ao caso), nem um garoto apaixonado que canta " I love you baby", era só uma pessoa que era paga para fingir ser isso tudo e nos fazer chorar em dramas e comédias romanticas, e sim , morreu , como nós também vamos morrer um dia, e como muitos já morreram antes dele.

Mas voltando à minha percepção do óbvio, as pessoas podem cruzar a fronteira da vida e da morte a qualquer momento. Parece um pouco terrorista dizer isto, mas realmente qualquer segundo pode ser o ultimo de sua vida, e talvez a maior dor que acompanha o pensamento de que podemos morrer a qualquer momento seja o que vamos ficar completamente sozinhos, nunca vamos poder contar a ninguém como foi morrer... é a solidão e o não reconhecimento do que fizemos ( porque não temos como contar obviamente) o que assusta.

Mas sempre estão os irritantes, mas úteis , otimistas para aplacar nosso medo de morte. Pois então, essas almas generosas nos reconfortam com os mais variados argumentos para não tornar nosso medo tão medonho... e são eles os religiosos, a morte é só uma evolução. Mas não só eles estão nesse jogo também nossos amigos os... otimistas... as já mencionadas criaturas para as quais tudo da errado e mesmo assim continuam sabe-se lá como... felizes... seu lema é o sugestivo e nem um pouco falso "viva cada segundo como se fosse o último" e eu decidi por um toque pessoal com o adendo " porque ele realmente pode ser o último".

Mas falar de vida e morte não seria tão divertido se nos esquecessemos dos nossos queridos psicanalistas, segundo eles a morte é para nós algo temido e ao mesmo tempo desejado , fazemos coisas buscando a morte , nos arriscamos por acreditar que é nela que encontraremos a plena satisfação dos desejos, a ausência da falta, o que não deixa de ser verdade já que o morto esta ... morto , não precisa de mais nada, dão a isso o carinhoso nome de pulsão de morte, simpático não ?! E não é só isso existe também a pulsão de vida que faz o contrario, e isso tudo nos faz viver , etc etc

A tudo isso uma coisa é certa , sim, as pessoas morrem , sim, pode acontecer a qualquer momento, e sim não sabemos quando , mas pensando bem nessa vida , por mais paradoxal que possa parecer, é nossa única certeza, por isso tudo minha filosofia de vida, ou de morte é simplesmente "live and let die"....