terça-feira, janeiro 29, 2008

non sense

Lendo minha postagem anterior notei que ficou terrível, a redação esta péssima, mas mesmo assim resolvi não tira-la , é uma prova de que nem sempre as pessoas tem que procurar ser tão irritantemente perfeitas , eu não escrevo bem , então o Cash fica, e que seja, foi muito sincero e diz muito de mim... é nada a ver, sem nexo, desorganizado, é uma espécie de metonímia de mim...Gostei disso

Cash



It´s all for real kid... È , é o que dizem´, é tudo verdade, mas nem sempre a verdade é verdadeira, menos ainda quando fica famosa e vira estrela de Hollywood.
Esta certo, dois filhos de Francisco, não foi para o Oscar, mas também o pai do Zezé não parece com o Angelo Antonio e nem o Zezé foi tão certinho assim na vida, mas o filme, como filme é bom.
Outro filme do cinema biografia , dessa vez mais famoso e mais caro é Jonny e June , ou no original , que alias , tem mais a ver com o filme , Walk the line.
Gostei desse titulo, é com certeza mais criativo que Dois Filhos de Francisco, que , justiça seja feita , poderia ser pior e se chamado " A vida do Zezé".
Mas o assunto principal que me motivou a escrever esse texto não é a questão da parcialidade de tudo, nem da falte de propriedade para a adaptação de títulos, nem muito menos o uso de drogas, é simplesmente o cinema.
Não sei se já disse isso, se o fiz peço desculpas por me repetir, mas ao ver esse filme (Johnny e June) me veio novamente a desesperança, a ideia potencialmente aterradora de que talvez eu tenha nascido para ser uma amante do cinema, não a esposa... se bem que a amante é a que se diverte , mas enfim, o que quero dizer é que deixei de acreditar que um dia eu poderia fazer um filme.
O cinema tem alguma coisa que cativa, enfeitiça, faz com que a pessoa queira se perder em seu mundo fazer parte de seu encanto , é como se por uma temporada você fosse capaz de projetar sonhos, fazer com que eles ganhem corpo mesmo que por um grande faz de conta... e ai não importam os críticos, nem os prémios, nem as limitações de orçamente, nem o espectador que vai falar mal de seu filme em um bar... só importa a historia e a magia de trazé-la à vida, materializar meros pensamentos.
Volto a citar o cinema biografia , lembrando dos dois exemplos que usei, para mim é como ter a possibilidade de voltar no tempo, pegar o passado e molda-lo transforma-lo em historia cativante sem no entanto perder sua veracidade. Esta claro que me inclino mais para o oficio de roteirista, e talves seja assim, mas o importante é fazer parte da equipe...
Mais um vez parece que me perdi no texto, o objetivo se perdeu, o assunto tomou outros rumos , e assim como acontecia com Johnny Cash, é muito dificil andar na linha, e quando se escreve os pensamentos são como uma enchente... assim como na vida, nunca sabemos onde vai nos levar , ou melhor onde vamos nos levar , é impossivel andar na linha, e o cinema , esse então... o que dizer , é uma mascara , a grande tela onde se projeta o mundo éle imita a vida e a vida o imita .... não peçam a ele que ande na linha....

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Coisinhas minimas


Encontrei isso em minhas navegações noturnas pelo Google. Gostei dos desenhos, e deve ter quem goste do que representam, a ideia geral não deixa de ser assustadora: A vida precisa mesmo de um manual de instruções" ... OH BOY...


E tinha mais :

Complaining is silly. Either act or forget.
Thinking life will be better in the future is stupid. I have to live now.
Being not truthful works against me.
Helping other people helps me.
Organizing a charity group is surprisingly easy.
Everything I do always comes back to me.
Drugs feel great in the beginning and become a drag later on.
Over time I get used to everything and start taking if for granted.
Money does not make me happy.
Traveling alone is helpful for a new perspective on life.
Assuming is stifling.
Keeping a diary supports my personal development.
Trying to look good limits my life.
Worrying solves nothing.
Material luxuries are best enjoyed in small doses.
Having guts always works out for me.

To Live and let die


Já pensou, por mais deprimente que possa parecer, como é frágil, ténue , o "véu" que separa a vida da morte?

Percebi isso de uma forma, digamos ..pouco profunda, foi com a morte do Heath Ledger, sim, foi assim, com a morte de uma figura da tão criticada industria cultural, com o coca-cola que aplaca a sede das massas. Mas teve o impacto dos fatos inesperados, fora o fato de que , como dizia meu amigo Edgar Morrin, não esperamos que os Olimpianos morram, são deuses, portanto imortais, então, realidade: não é que ele era mortal ?!, Sim e também não era gay, nem era um cavaleiro medieval, nem um drogado (dissem que talves fosse, mas não vem ao caso), nem um garoto apaixonado que canta " I love you baby", era só uma pessoa que era paga para fingir ser isso tudo e nos fazer chorar em dramas e comédias romanticas, e sim , morreu , como nós também vamos morrer um dia, e como muitos já morreram antes dele.

Mas voltando à minha percepção do óbvio, as pessoas podem cruzar a fronteira da vida e da morte a qualquer momento. Parece um pouco terrorista dizer isto, mas realmente qualquer segundo pode ser o ultimo de sua vida, e talvez a maior dor que acompanha o pensamento de que podemos morrer a qualquer momento seja o que vamos ficar completamente sozinhos, nunca vamos poder contar a ninguém como foi morrer... é a solidão e o não reconhecimento do que fizemos ( porque não temos como contar obviamente) o que assusta.

Mas sempre estão os irritantes, mas úteis , otimistas para aplacar nosso medo de morte. Pois então, essas almas generosas nos reconfortam com os mais variados argumentos para não tornar nosso medo tão medonho... e são eles os religiosos, a morte é só uma evolução. Mas não só eles estão nesse jogo também nossos amigos os... otimistas... as já mencionadas criaturas para as quais tudo da errado e mesmo assim continuam sabe-se lá como... felizes... seu lema é o sugestivo e nem um pouco falso "viva cada segundo como se fosse o último" e eu decidi por um toque pessoal com o adendo " porque ele realmente pode ser o último".

Mas falar de vida e morte não seria tão divertido se nos esquecessemos dos nossos queridos psicanalistas, segundo eles a morte é para nós algo temido e ao mesmo tempo desejado , fazemos coisas buscando a morte , nos arriscamos por acreditar que é nela que encontraremos a plena satisfação dos desejos, a ausência da falta, o que não deixa de ser verdade já que o morto esta ... morto , não precisa de mais nada, dão a isso o carinhoso nome de pulsão de morte, simpático não ?! E não é só isso existe também a pulsão de vida que faz o contrario, e isso tudo nos faz viver , etc etc

A tudo isso uma coisa é certa , sim, as pessoas morrem , sim, pode acontecer a qualquer momento, e sim não sabemos quando , mas pensando bem nessa vida , por mais paradoxal que possa parecer, é nossa única certeza, por isso tudo minha filosofia de vida, ou de morte é simplesmente "live and let die"....

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Para uma noite de Chuva


Para uma noite de chuva resolvi preparar todas as coisas que pareciam incompletas em minha cabeça e organiza-las, rasgar os pensamentos mesquinhos, escrever as cartas inacabadas para amantes imaginários, preparar as palavras que nunca tive coragem de dizer e joga-las ao vento.

Noites de chuva são perfeitas para isso, mesmo que sejam chuvas quentes , como as que temos nessa época aqui nos trópicos. Falta o cenário cinematográfico: se envolver no edredon e ficar na cama revirando fotos velhas e chorando pelo mocinho que com certeza vai aparecer naquele exato momento trazendo flores....ahh, essas coisas fazem mal.


chuva de cinema, vida de cinema, noites de cinema...com lua...irreal, surreal....mas em uma noite de chuva, com barulhinho hipnótico da agua, o cheiro de terra molhada, e a imaginação correndo solta, quem sabe...

quarta-feira, junho 20, 2007

lala...lalala..lalaalaalaa


Moon river....

Moon river, wider than a mile

I’m crossing you in style some day

Oh, dream maker, you heart breaker

Wherever you’re goin’, I’m goin’ your way

Two drifters, off to see the world

There’s such a lot of world to see

We’re after the same rainbow’s end, waitin’ ’round the bend

My huckleberry friend, moon river, and me

(moon river, wider than a mile)

(I’m crossin’ you in style some day)

Oh, dream maker, you heart breaker

Wherever you’re goin’, I’m goin’ your way

Two drifters, off to see the world

There’s such a lot of world to see

We’re after that same rainbow’s end, waitin’ ’round the bend

My huckleberry friend, moon river, and me

Sobre la infancia y otros demonios




"La vida no es lo que uno vivio, y si lo que uno recuerda y
vivir para contarla"

Lo recuerdo como si fuera hoy, como si lo estuviera viendo suceder en este mismo momento . Se que era 15 de junio , un sabado, del año de 1982. Tenia 4 años , hiba al colegio , sabia dibujar casitas y pintarlas con perfección tambien estava aprendiendo las vocales.
Aquel fue el dia en que nos dejo mi padre, fue tambien ese dia en que descubri que sufria de buena memoria, porque nunca, por mas que lo intentara , logré olvidarme de el. Se fue y dejó a mi madre sola, sin trabajo, con una hija pequena para criar y muriendose de amores por el . Lo bueno es que nunca más volvio. mas tarde supe que se habia hido con una joven actriz de teatro unos 15 anõs menor que el .
Esa misma noche nos fuimos a la casa de mis abuelos, fuimos a pie. El limite el toque de recojer ya habia pasado hace mucho tiempo, pero ella no pareció importarce, estava transtornada, llorava bajito como quien espera secarse por dentro de tanto llorar. Quanto a mi finjia no entender nada y me quede callada todo el camino, fue asi como tambien ese dia se me fueron el miedo del silencio y la oscuridad, pero se quedaron el miedo del amor y de las lagrimas.
Desde esa moche nos quedamos a vivir en la casa de mis abuelos. Mamá nunca mas volvió a nuestra antigua casa, mi tio Antonio se encargo de traer nuestras cosas y devolverle las llaves a la dueña.
El tiempo que nos quedamos en Lima con mis abuelos talvéz haya sido el tiempo en el que aprendi a ser lo que soy hoy, y eso lo debo a la gran amistad que tuve con mi abuelo. Como mi mamá empezo a trabajar, como secretaria del director de una compania pretolifera, mi rutina cambio bastante. Todas las mañanas antes de irse a trabajar mamá me pasava dejando en el colegio y el abuelo me recojia antes del almuerzo.
Llegava en su Wollskwagen verde oscuro, recuerdo como me parecia comico ver a un hombre tan alto y elegante salir de un carro tan pequeñito. Una vez le pregunte como hacia para caber en su carrito y me dijo que ese era un carro diferente de los otros, que era magico, desde entonces tengo un gran carinho por ese modelo.Despues del almuerzo nos hibamos a acompañar a mi abuela a la parroquia donde ella y otras señoras bordabam , tejian colchas y dictavam cursos de culinaria. Paceabamos por el centro o por el parque hasta las cinco , que era la hora de recojer a la abuela. Camino a casa pasabamos por la panaderia de don José donde comprabamos pan de maiz y regresabamos a la casa simpre puntualmente a las 6:15 de la tarde.
Los fines de semana nos hibamos al teatro o a la matine del Cine Nacional, despues tomabamos helados en la Confiteria Copa, y regresabamos a casa a tiempo de ver el programa de Augusto Ferrando por la television.
Durante la semana mamá solo llegava a la casa despues de la ocho de la noche, dejando a la buela preocupadisima. Aquellos eran tiempos dificiles , los adultos comentavan eso siempre , el miedo y la tristeza de la ciudad contrastabam con la felicidad de los mejores años de mi infancia. El terror nos rodeaba , nadie podia estar fuera de su casa despues de las nueve de la noche , significaba arriesgarse a llevar un tiro de la policia o a ser sequestrado por un terrorista, o simplemte desaparecer sin que nadie sepa quien fue el culpable, la tierra se tragava a los nactivagos.
Los apagones eran constantes, las torres de alta tención eran alvos frequentes de los "revolucionarios ".
Para nostros el riesgo era enorme, viviamos en el centro , peligrosamente proximos a potencilaes alvos de atentados, la prefectura quedaba a pocas quadras y estabamos atras del palacio de justicia. Cada vez que se hiba la luz la gente se quedaba amedrontada, en la espectativa de oir donde comenzarian las explosiones y rezava bajito para que todos salgan bien o por lo menos vivos.
Fue asi que mas tarde pude entender porque se les dice terroristas, constate que era por el motivo mas obvio pero que solo tiene verdadero sentido para quien lo vive, aunque sea sin tener una perfecta noción de lo que sucede, llevan ese nombre porque plantan junto con sus bombas el miedo, la deseperanza , la idea de que a qualquier momento vas a estallar por los aires asi como los edificios y los coches bomba.
Apesar de no comprender porque viviamos en esa situacion tan tensa, y hasta ahora eso es algo oscuro para mi, pude sentir el verdadero terror el dia que vi un cadaver. Recuerdo que era un jueves y estava llendo al colegio con mi mamá, quando vimos um hombre tirado junto al muro de la escuela, alcanze a ver sus pies y uno de sus brazos ensangrentados antes que mamá tapara mis ojos y me cargara para lejos de ai. Corrió hasta que la ecena del hombre cubierto por periodicos guardado por un policia armado y cercado de curiosos estuviera fuera del alcanzen de mi vista.
Ese dia no fui al colegio, me quede todo el dia jugando dominó con mi abuelo, asi supe que el hombre tirado en la calle era nuestro vecino, Carlos, que habia salido despues de las nueve porque su gato se habia escapado. Mamá y la abuela , que era muy amiga de doña America, madre de Carlos, se fueron para ayudar a la señora con los preparativos para el entierro.
Conoci a la muerte esa mañana. La gente que sufre de buena memoria tiene de eso, no se puede sacar las cosas de la cabeza, y creo que herede eso de mi abuelo, que me contaba episodios de su vida y me narraba la historia del Peru como si el mismo la hubiese vivido, lo que reforzava mi impresión de que el era um hombre sin edad, eterno, asi como la ciudad en que viviamos, con sus bombas y sua parques llenos de flores amarillas, asi como mi infancia que todavia me rodea como un fantasma que no descansa nunca.

Personagens



Mafalda o icone fashion: esse estilo com lasinho na cabeça e sapatos de boneca arrasa

Mafalda a fã : os Beatles são mesmo o máximo

Mafalda a filosofa : "Porque los ninõs tenemos que ser los pollos de la literatura"

"Si no podemos amarnos los unos a los atros que tal amarnos los otros a los unos"

Mafalda a estadista : " O presidente deveria ser extrangeiro porque é injusto negar a um cidadão a prático do mais querido esporte nacional que é reclamar do governo"

Teoria desenvolvimentista segundo Mafalda : " Nosotros ( Argentina - hemisferio sul) somos subdesarrollados porque estamos abajo, o sea que el globo estamos de cabeça para abajo, entonces las ideas de desarrollo se nos caen"

Mafalda a Sociloga: " Si a esta hora en la china es de noche y aca es de dia entonces lo que separa a los hombres es la cama"

quarta-feira, junho 13, 2007

Going back home

Apesar del titulo en ingles esto es para anunciar publicamente mi reencuentro con la lengua española. Si, finalmente me canse de escribir en portugues, ya no aguanto , tengo que usarlo para hacer pruebas , tengo que hablar ese idioma todo el dia .. enfin, cansa.Pero eso si, no quiere decir que tengo alguna cosa contra la lengua portuguesa, simplemente siento que no puede abandonar mi idioma porque puedo no acostumbrarme mas a usarlo lo que seria horrible.
Decidi comenzar esta nueva fase (creo que esa no es la mejor palavra pero enfin..) con otro cambio, o mejor la introduccion de otro tipo de texto. Siempre me senti muy proxima de la cronica, pero de un tiempo para aca estoy simpatisando bastante con el cuento, entonces ya que estamos en momento de usar cosas nuevas viene un cuento en español.

quinta-feira, maio 10, 2007

Ha Ha Ha Ha

Dizem que rir é o melhor remédio , só ninguém explica para que, e na falta de uma definição fica valendo para tudo, fazer o quê, o povo adora generalizações. Mas voltando ao assunto , rir realmente é bom, mas rir de si mesmo se provou (no meu caso) duplamente terapeutico, e isso não pela minha auto-critica muitas vezes irritante para alguns, é verdade, rir de si mesmo é ótimo para desarmar todo e qualquer tipo de problema que esteja atormentando nossa querida e bastante desgastada cabeçinha.
Pensando nisso, e no constante exercício de lembrar milhões de vezes das bobagens que frequentemente faço e digo me lembrei de varias situações absurdas, que claro , devem ter acontecido a mais algum mortal ( espero!).
Lembrei do dia em que conversando com meus amigos sobre o quanto odeio a natação, soltei a seguinte frase" ma verdade eu não gosto de nadar, gosto de molhar na água". Santo Deus! como ninguém reparou , isso é um pleonasmo! dos mais pleonásticos dos pleonasmos, uma vergonha, logicamente me dei conta disso muito tempo depois de ter soltado a tal frase.
E como um pensamento puxa o outro acabei lembrando dos momentos que constituem o clímax da minha falta de bom senso para falar, quando chega o momento de conversar com pessoas (aqui não sei que termo usar , e quando isso acontece nada melhor que adotar a linguagem pseudo-cientifica, própria dos pseudo-intelectuais)
"com potencial para estabelecer laços afetivos diversos dos familiares e de certo modo também distintos dos enquadrados na categoria dos que exercem o papel social de amigos". Enfim minhas situações mais tragicomicas se referem a situações em que tenho que lidar com esse grupo de pessoas.
Se fosse sensata talvez não escreveria nenhuma situação especifica, mas com não sou e além disso situações assim acontecem com todo mundo, conto daquela vez em que um certo moço me telefonou e eu soltei uma das piores frases da historia dos quase relacionamentos amorosos, o golpe de misericórdia para alguém que por mais que tente não consegue sustentar uma conversa telefónica, alguém que simplesmente encontra impossível pensar em alguma coisa inteligente ou pelo menos coerente para dizer nessas situações, enfim alguém que tem medo mortal do inesperado... disse o seguinte"(...) é porque ninguém me liga". Ai não importa o contexto , não importa nada, a cartilha dos chamados "jogos de conquista" , todas as revistas femininas e até a mais desinformada das adolescentes sabe que em hipótese alguma , nem sob tortura se deve demostrar nossa falta de popularidade ( leia-se falta de pessoas a fim de você) . Mas como o senso comum não é a forma de conhecimento mais desenvolvida que possuo, não costumo ler revistas femininas e não fui uma adolescente "moderninha", me resta tentar apagar esse mal passo da memoria, o que se torna quase impossível , que as péssimas lembranças são as que parecem se enraizar mais profundamente na mente.
Das muitas situações em que me senti idiota ou ridícula, e das muitas que virão, não posso dizer que tirei importantes lições, que aprendi com os erros ou que amadureci, continuo a mesma pessoa de sempre, meio sarcástica, realista (não pessimista),mas que no fundo consegue ter umas brechichas em seu mal humor cronico rindo de si mesma, e confesso é muito divertido, mesmo que depois do riso venham as lágrimas.

quarta-feira, abril 18, 2007

Trilha sonora


Quando a música soa é como mágica, se quebra o silêncio e o medo faz que vai embora,o deixamos ir lento , como se desse medo não sentir medo.... Ele vai andando bem devagarinho, como se a musica, que parece entrar por todos os poros da pele, lhe dissesse "pode ir agora", e só assim ele se vai, sem deixar de olhar para atrás um minuto.

Então não há mais medo , medo? mas medo de que? Não sei, e nem quero explicações, ele simplesmente é, assim, sendo. Agora é apenas a música, a música com outros sentimentos, sensações, pensamentos , pensamentos de sensações e o não medo... o redemunho...

E a música toca e o medo se vai e os sentimentos despertam e as lágrimas brotam e o frio corta e a chuva deve machucar as formigas e o amor morre mas sempre volta á vida e o redemunho me engole.... e isso sou eu, o não ser, as confusões, os sentimentos .... isso somente quando e enquanto a música toca...

sexta-feira, março 09, 2007

Cotidiano

Rapaz conhece moça por acaso: ela limpava os vidros da janela de sua casa, ele ia para o trabalho.Assim que a vê se encanta por ela, ela não repara no rapaz.
No dia seguinte o rapaz vai à casa da moça.Inventa que é funcionário de uma empresa de seguros e pede para lhe fazer umas perguntas para uma pesquisa. A moça responde: nome, idade, estado civil...
Manhã seguinte: o rapaz volta à casa da moça, diz que havia perdido o formulário com a pesquisa e pergunta se ela pode responder as perguntas novamente. Mais uma vez a moça responde:nome, idade, estado civil...mas dessa vez há uma pergunta a mais no final do questionário...e ele, mantendo o mesmo tom natural com que fizera as outras perguntas diz: " a senhorita quer casar comigo ?"
A moça, mantendo o mesmo tom de voz com que respondera as outras perguntas diz: "Sim"
A moça da janela e o rapaz passante se casaram meses depois , tiveram cinco filhos e foram felizes para sempre... na verdade até que ela morreu muitos anos depois. Hoje o rapaz tem 88 anos e ainda se lembra com muito carinho da moça....

domingo, dezembro 31, 2006

Metalinguagem

Quando fazia pré-vestibular, uma professora de redação, em uma aula sobre crônicas,disse que se tratava de um texto cronológico, com prazo de validade , que só pode ser perfeitamente compreendido quando nos encontramos na época em que o assunto que lhe serve de tema esta em discussão.
Para ser completamente sincera essa definição me incomoda um pouco,discordo em absoluto dessa "burocratização temporal" da crônica. Tenho um gosto muito especial por esse genero, que considero uma das formas que permite mais liberdade ao autor.
Alias, apesar de ser veiculada em jornais, esses sim com prazo de validade, crônica é um texto magico, e sua magia consiste em transformar o aparentemente banal em algo repleto de significados...da ao simples seu momento de estrela...
Como na moça que se enfeita para uma festa, a crônica é a maquiagem, a roupa de gala do cotidiano.Então como se pode chamar de "cronológica" a uma forma de texto que transcende o cotidiano, desloca uma situação de seu sentido literal, apresenta ao leitor uma nova perspectiva, lhe propõem novos pensamentos, questões,o convida a refletir.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Momento propaganda


Informo a todos que finalmente a pessoa que escreve tomou coragem e escreveu um artigo para O Ponto, para quem não sabe esse é o nome do jornal-laboratório da faculdade(para quem não sabe o que é um jornal laboratorio...esqueça...outro dia lhe conto...).
Mas então, é isso mesmo, agora estou a um passo da fama, ou pelo menos a um passo do total desastre, qualquer um dos dois...o fato é que foi preciso muita coragem(sim, estou fazendo meu momento desabafo) e força para vencer meus instintos de ficar sempre no mesmo lugar , tudo isso para escrever um artigo...
Agora falando, ou melhor , escrevendo serio, gostei muito da experiência de escrever para um jornal, ainda mais dos artigos de opinião, adorei o clima da redação (não literalmente já que odeio ar condicionado)...
Parece que descobri que no final das contas vou gostar de ser jornalista...digo isso porque meu plano não era seguir essa carreira(e essa é uma informação super secreta...não pode chegar aos ouvidos da terceira idade da família...), e ate pouco tempo atrás minha frase era "se tudo der errado viro jornalista" .
Esta certo, o cinema ainda é a carreira dos meus sonhos e espero que seja também da minha vida...Mas agora tenho outra possibilidade o que é algo muito positivo
Para quem se interessar em ler o artigo tenho muitos exemplares do jornal comigo...é só pedir

Grande Sabina..

Eu sei...disse que escreveria em português...mas Sabina é Sabina...e uma tradução seria crime... Essa ai do lado é uma pintura de Clotilde Palacios Juarez, o nome: Mi Alma

Incluso en estos tiempos
veloces como un Cadillac sin frenos,
todos los días tienen un minuto
en que cierro los ojos y disfruto
echándote de menos.

Incluso en estos tiempos
en los que soy feliz de otra manera,
todos los días tienen ese instante
en que me jugaría la primavera por tenerte delante.

Incluso en estos tiempos
de volver a reír con los amigos,
todos los días tienen ese rato
en el que respirar es un ingrato deber para conmigo.

Y se iría el dolor mucho más lejos
si no estuvieras dentro de mi alma,
si no te parecieras al fantasma
que vive en los espejos.

Incluso en estos tiempos
triviales como un baile de disfraces,
todos los días tienen unas horas
para gritar al filo de la aurora,
la falta que me haces.
Incluso en estos tiempos de aprender a vivir sin esperarte,
todos los días tengo recaídas y aunque quiera olvidar
no se me olvida que no puedo olvidarte.